Números impressionantes por detrás da obra ferroviária que aproximará o Alentejo à Europa
Esta obra permitirá reduzir o trajeto entre o porto de Sines e a fronteira com Espanha em 150 quilómetros, deixando assim o Alentejo mais próximo da Europa.
Em pleno Alentejo decorrem a “velocidade cruzeiro” as obras da maior extensão de caminho-de-ferro construída, em mais de um século, em Portugal.
Uma obra que se iniciou em setembro de 2019 e que após a sua conclusão permitirá reduzir o trajeto entre o porto de Sines e a fronteira com Espanha em 150 quilómetros, com um ganho de três horas e meia, deixando assim o Alentejo mais próximo da Europa.
Dia após dia, vai crescendo uma infraestrutura fundamental para a conexão ferroviária dos portos e das zonas industriais e urbanas localizadas no sul de Portugal, a Espanha e ao resto da Europa.
Esta grande obra, significa também números impressionantes a todos os níveis, que ODigital.pt foi conhecer melhor numa visita conduzida pelo Gestor do Empreendimento, André Oliveira e pela Gestora da Obra, Carla Pinto, da empresa Infraestruturas de Portugal, que classificaram esta obra como “desafiante”.
A linha que agora está a ser construída permitirá a passagem de 30 comboios de 750m por dia, explicou o Eng.º André Oliveira, que salientou ainda que com esta nova linha há o objetivo de reduzir a sinistralidade rodoviária, retirando das estradas muitos camiões de transporte de mercadorias.
No total o investimento realizado pelo Estado Português na construção desta nova linha ferroviária é superior aos 300 milhões de euros.
Em obra estão 80km de linha nova com números particularmente expressivos e que mostram bem a grandeza da construção que está a decorrer em pleno coração do Alentejo.
Apesar de se apelidar como a “Planície Alentejana”, esta obra veio mostrar que afinal o Alentejo não é assim tão plano, pois, é elevado o número de obras de arte especiais e correntes a construir, bem como é grande o volume de terras que têm de ser movidas.
Nesta linha vão ser construídas 29 obras de arte especiais, que totalizam quase 12km de extensão e 56 obras de arte correntes, que asseguram a permeabilidade do território.
Para além das obras de arte, com esta obra terão de ser mobilizados 13 milhões de m3 de terras, entre escavação e aterro, pois, como explicou o Eng.º André Oliveira, “uma via férrea tem uma inclinação máxima de 15/1000, que acaba por resultar naquilo que já pode ser observado, em que temos de atravessar a orografia do terreno, com escavações, com aterros, com viadutos, porque temos esse máximo de inclinação, ou seja, a linha tem de ficar o mais plana possível, não pode ultrapassar os 15/1000”.
Fonte: O Digital. Continue a ler aqui
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